quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Apagão de mão de obra

APAGÃO DE MÃO DE OBRA

Historicamente, a construção civil tem vivido ciclos de expansão e retração. Tudo indica que estamos passando por uma fase de expansão bem maior do que as experimentadas até aqui. Em todas as expansões passadas, houve demanda maior que a oferta de materiais, mas, principalmente, de mão de obra.
São muitos lançamentos, o que equivale a muitas novas obras a se somar às que já estão em andamento e que já são em número elevado.
Um número muito menor de obras executadas nos últimos anos, obrigou muitos profissionais a buscar alternativas. Alguns foram para o comércio ambulante clandestino, outros voltaram para suas regiões de origem, onde muitas delas passaram a oferecer condições de trabalho. Há os que conseguiram trabalho em outros setores como o comércio, segurança e prestação de serviços em geral.
De onde sairão os operários necessários para suprir a demanda do setor da construção?
O nordeste, maior fornecedor de mão de obra para a construção civil, assim como outras regiões, já não tem tantas pessoas dispostas a emigrar em busca de trabalho.
Muitos dos trabalhadores que vivem nos grandes centros e que poderiam ser recrutados pela construção civil; estão em setores que pagam mais e que não exigem tanto esforço físico. Outros se adaptaram à informalidade e dificilmente voltarão a aceitar as condições que as obras oferecem.
Os investimentos na formação de mão de obra, historicamente, foram mínimos e continuam sendo desprezíveis. A mão de obra disponível é de qualidade bastante ruim que, além de baixa qualidade, é de muito baixa produtividade.
Embora a oferta de tecnologia em equipamentos e máquinas para a construção civil tenha crescido nos últimos anos, ainda está muito aquém do necessário; exigindo mais mão de obra do que a necessária se essa oferta fosse satisfatória.
Como suprir a grande demanda de mão de obra que já existe e que tende a aumentar muito?
Seria bom que as empresas, paralelamente ao esforço para aproveitar os lucros que o mercado oferece, passem a se preocupar com um dos elementos mais importantes para que os empreendimentos propiciem o esperado: mão de obra.
Conseguir captar mão de obra e mantê-la, será o grande desafio do setor. Sua empresa está consciente e em condições para enfrentá-lo?
Esse desafio exige, de quem esteja disposto a enfrentá-lo, conhecimento dos trabalhos a ser executados, competência para identificar: capacidades, potencialidades e características dos operários; capacidade para orientar treinamentos; sensibilidade e conhecimento para administrar conflitos e capacidade para liderar.
É comum a terceirização da mão de obra. É razoável imaginar que os empreiteiros poderão resolver esse problema sem modificações no sistema tradicional?
Se esse problema o preocupa e você está interessado em enfrentá-lo, fale comigo.

Pepe
Pepe.granja@hotmail.com

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